Neste dia 1º de junho, celebramos os 41 anos da Distrital Leste do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Com uma área que abrange 380 quilômetros de extensão e mais de 4,6 milhões de habitantes, a Zona Leste é uma grandiosa e valorosa responsabilidade para o Ciesp. A distrital representa indústrias presentes nas regiões de 12 subprefeituras da capital paulista (Aricanduva, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba e Vila Prudente).
A nossa missão torna-se ainda facilmente compreensível quando pensamos na magnitude da capital e de sua pujante economia. Hoje, segundo os dados do IBGE, a cidade de São Paulo tem 19.174 indústrias de transformação espalhadas por seu território, com destaque para as de confecção de artigos do vestuário e acessórios, fabricação de produtos de metal, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, além de produtos alimentícios.
Na Zonal Leste, o leque de indústrias também é diversificado, indo da fabricação de metais até a de brinquedos. Impossível também não observar o quanto nessas quatro décadas vimos a região crescer com shoppings, parques, centros comerciais e diversas opções gastronômicas que tornam uma área cada dia mais atrativa. A proximidade com o Aeroporto Internacional de Guarulhos e com rodovias importantes, como a Imigrantes e a Presidente Dutra, tem sido fator de atração e de permanência das indústrias nesta região
No passado mais longínquo, eram as ferrovias o grande fator de atração. De acordo com um estudo da arquiteta e doutora em História Urbana pela Universidade de Nova Iorque Raquel Rolnik, a história da Zona Leste se mistura com a própria história da indústria. Foi no final do século XIX, quando o Brasil vivia o auge da cultura cafeeira, que a Zona Leste passou pelo primeiro surto de industrialização que se baseou no ramo têxtil e alimentício. Na época, a várzea inundável do rio Tamanduateí ainda estava despovoada, apesar de a região já ter muitas ocupações e ruas. Porém conforme a cidade cresceu, a área em torno do rio foi ocupada e a concorrência pelo espaço urbano aumentou. Quase sempre próximo aos trilhos dos bondes e dos trens surgiam os tradicionais galpões de tijolo, bem como as vilas, cortiços, vendas e oficinas. Até os anos 30, as indústrias ocuparam todo o território da orla ferroviária. A facilidade de escoar as mercadorias chamava a atenção dos empreendedores industriais da época.
A zona Leste, de certa forma, conseguiu manter uma concentração de empresas ao longo do tempo. Mas, nós da indústria, sabemos que o potencial da região é grande, vislumbrando o desenvolvimento econômico e social. A indústria é capaz de gerar empregos formais, de impactar positivamente a região com melhores salários e de alavancar o nível educacional. É por tudo isso que o Ciesp comemora este aniversário da querida Distrital Leste trabalhando muito. Um dos principais pontos é o da articulação permanente que temos feito junto às diferentes esferas de governo por uma política de reindustrialização para o nosso país e a tão sonhada reforma tributária.
É cultivando boas memórias de um passado desbravador e sonhando com um futuro muito melhor para todos que seguimos trabalhando com muita dedicação nessa trilha da indústria.
*Fátima Marinera é diretora do Ciesp Leste
*Rafael Cervone é presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
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