“Roubo a Farmácia tem troca de Tiros em SP”; “Motociclistas executam motorista a tiros na frente da escola da filha”; “Casal é assaltado em rua movimentada”; “Motociclistas roubam moradores de prédio de alto padrão em SP”, o que estas manchetes têm em comum? Os crimes ocorreram todos nesta semana, na Zona Leste.
Um dos crimes mais recentes ocorreu no dia 16, envolvendo uma troca de tiros entre 3 bandidos e a polícia, durante um assalto a uma farmácia, na avenida Renata, na Vila Formosa. Dois homens de 22 e 24 anos foram presos em flagrante. Uma mulher que estava em um ônibus acabou atingida por estilhaços de um vidro quebrado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o crime contou com a intervenção de um policial à paisana, que estava no local. Quando a polícia chegou, um terceiro elemento tentou escapar, mas como estava baleado, foi pego horas depois ao dar entrada no Hospital Santa Marcelina.
Não faz muito tempo, uma reportagem feita para este mesmo jornal, apontava aumento da criminalidade em toda São Paulo, sobretudo na Zona Leste – que é uma capital dentro da outra. Conforme dados do Censo de 2022, nesta região da 4ª maior cidade do mundo segundo a ONU, vivem aproximadamente 4 milhões de habitantes.
É difícil o dia em que pelo menos uma pessoa não vivencie a experiência de ser assaltada ou furtada. É o caso de Victor Cruz, 22, que foi assaltado no início de agosto ao sair da faculdade: “Eu estava saindo do campus, à noite, quando um motoqueiro me abordou a caminho do metrô e levou meu celular e uma nota de R$ 20 que tinha na carteira. Ainda que me deixou com os documentos… mas eu fiquei em choque.”, desabafa o rapaz que se sentiu bem assustado.
Janaína Barbosa, 42, moradora da Penha de França, conta que foi assaltada no sábado à tarde, dia 17, na avenida Gabriela Mistral, próximo ao Mercadão. O momento foi de tensão. “Uma moto foi se aproximando, mas pelo horário nem desconfiava que pudesse se tratar de um assalto. O ladrão me mandou parar e disse pra passar o que tinha de valor e rápido, sem ‘barulho’. Eu entreguei o celular e o bandido mandou que não olhasse pra trás”, comentou.
Aumento da criminalidade
Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, houve um aumento no número de furtos e roubos nos bairros de São Miguel Paulista, Itaquera e Guaianases. O número de ocorrências nesses bairros deu um salto de 2.852 nos primeiros quatro meses de 2023 para 3.372 nos primeiros quatro meses de 2024.
Segundo as estatísticas da Secretaria, também houve aumento nos registros de furtos nas delegacias que atendem as regiões de Tatuapé, Vila Carrão e Ermelino Matarazzo.
No dia 20, um pai de família foi executado a tiros na porta da escola da filha, na rua Roberto Said, no Itaim Paulista, por 3 homens em duas motos. Curiosamente nada foi roubado da vítima, e no B.O. consta “homicídio por emboscada”. Os bandidos fugiram.
No Jardim Anália Franco, motociclistas armados roubam celulares, relógios e alianças de homens e mulheres na porta de seus condomínios. As câmeras registram a abordagem e as ameaças, tais como “Fala a senha”, “Vem aqui senão vou te matar”, “eu sei onde teus filhos ficam”, “você é riquinho, filhinho de papai, passa o celular” ou ainda “você merecia um tiro”.
“Eu tava saindo pra dar aula, quando fui rendida pelo assaltante que puxou meu braço, arrancou minha correntinha, levou meu celular, note, e ainda disse que sabia onde morava, que um dia ainda iria voltar pra levar mais”, conta Thalita, estudante da Unicsul, angustiada com a situação.
A pergunta que fica é: O que é preciso para que o Estado invista muito mais em segurança?
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
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