terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Aumenta o roubo de celulares em São Paulo

Fim e início de ano é época de descontração, comida farta, brincadeiras e muitos passeios. Um momento bem relaxado para todos, menos para a criminalidade que não dorme e tão pouco respeita o bem estar da sociedade. 

A caminho do metrô Bresser, no dia 3 de janeiro, por volta das 16h, observa-se uma jovem em prantos na entrada. O motivo? Um homem sobre uma bicicleta acabava de lhe roubar o celular da palma da mão. No celular, claro, contas bancárias, contas de redes sociais, fotos e toda uma vida registrada que agora estava nas mãos de um criminoso. 

Joel, jornalista, no 1º dia do ano, pela manhã, também teve o mesmo problema. Logo depois que desceu do ônibus na Avenida Aricanduva, foi abordado por um jovem que, além de lhe tirar o celular das mãos, ainda o empurrou no chão, correndo em seguida na direção da pista contrária. “Comecei o ano da pior forma”, disse indignado o jornalista.

Na primeira semana de janeiro, no Tatuapé, próximo a Avenida Celso Garcia, outros três casos de roubo de celular foram denunciados: Uma senhora teve o celular arrancado de sua mão com toda brutalidade, na altura da rua Coronel Gustavo Santiago, em plena luz do dia. Uma jovem teve o seu aparelho roubado na Celso Garcia, também por outro jovem montado numa bicicleta e outra estudante, ao sair de um dos condomínios da rua Sargento Oswaldo. 

Seria um indicativo de que a segurança pública precisa de maior investimento e reforço? Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, em um comparativo do ano passado com 2023, vários indicadores apontam uma redução da criminalidade na capital. Contudo, como os dados de dezembro não foram computados até o fechamento desta matéria, torna-se impossível uma análise mais aprofundada até o momento.

O fato é que, ao contar denúncias e casos tão frequentes, fica evidente a necessidade de reforço no patrulhamento diário. E tentar facilitar o registro das denúncias, é tarefa importante do Estado, visto que muitas pessoas não registram um boletim de ocorrência tão logo são assaltadas. Isso ajuda a “maquiar” a real situação da segurança pública. 

Região central concentra maior número de roubos
Um levantamento realizado pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar (PM) aponta que a região central de São Paulo tem a maior taxa de furtos e roubos de celular por 100 mil habitantes, chegando a 30 vezes o índice encontrado em alguns bairros da periferia da capital paulista.

São eles: 1 – Liberdade (71.486); 2 – República (55.185); 3 – Sé (27.369); 4 –   Brás (16.639); 5- Consolação (14.941); 6 – Campos Elíseos (14.525); 7 – Jardim Paulista (12.611); 8 – Santo Amaro (11.133); 9 – Alto de Pinheiros (9.836) e 10 – Itaim Bibi (9.027). A explicação da Secretaria de Segurança Pública a esta matéria, é que a região central recebe um grande fluxo de trabalhadores ao longo da semana e por isso, registra casos expressivos.

Em nota,a SSP responde: “Apesar de os dados ainda serem preocupantes, houve sim uma redução no número de casos entre 2023 e  2024, de 228.028 para 177.495 respectivamente, o que inclui o furto de celulares. É fruto de um trabalho contínuo que precisa do apoio da sociedade, tanto na prevenção quanto no registro dos BO’s, pois quando o mesmo ocorre, facilita o mapeamento das regiões onde os criminosos atuam e possibilita maior êxito na prisão dos mesmos”.

Quais cuidados tomar?
Diego Narciso, agente da Electi Segurança e especialista em prevenção de riscos, dá algumas dicas para prevenir esses dissabores: “É muito importante antes de sair de casa, dar uma olhada no portão para fora, para verificar se há qualquer indivíduo perto. Parece que não, mas às vezes alguém pode estar parado, próximo, observando a rotina da casa ou esperando para abordar, entende? O mesmo vale para não sair de casa com o celular na mão. Geralmente, as pessoas já saem das suas casas para trabalhar com o celular na mão ou outro objeto de valor, o que chama muita atenção. Da mesma forma, quando se dirige ao veículo, tanto na calçada de casa ou no trabalho, a pessoa deve sempre olhar atenta para os lados e também verificar se há alguém suspeito olhando antes de entrar no carro. Observar pelos espelhos laterais e pelo retrovisor se alguém se aproxima de forma suspeita, e isso serve tanto ao entrar quanto ao sair do carro”, explica o segurança. 

Segundo o especialista, é importante suspeitar de todos, inclusive quem estiver muito bem vestido: “Bandida e bandido não tem plaquinha, então, pode ser um cara bem vestido ou mal vestido, pode ser homem, mulher, adolescente, idoso, a gente nunca sabe de onde virá a maldade. Se estiver andando em lugar desconhecido ou ainda, que saiba ser um local perigoso, não mexa em nenhum pertence que esteja guardado. Se tiver que ir para algum lugar perigoso, por exemplo, a Santa Efigênia, não leve nada de valor, apenas o básico, para não correr riscos. Nunca abra a carteira na rua e nem atenda chamadas telefônicas. Se alguém te ligar, deixe o telefone tocar e espere entrar em um comércio ou um local protegido para responder”.  

Por fim, Diego acrescenta: “São dicas de segurança que servem para prevenir assaltos e outras abordagens. Claro, vale lembrar que se mesmo assim alguém for abordado, jamais se deve reagir. Procure manter a calma e entregue o que o bandido quer, afinal, a vida vale muito mais do que qualquer objeto”, concluiu.

Reportagem: Fernando Aires. Foto: Divulgação.

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