segunda-feira, 31 de março de 2025

Mais de 70 mil estrangeiros entraram no mercado formal de trabalho do Brasil em 2024, aponta FecomercioSP

O ótimo momento do mercado de trabalho do Brasil (uma taxa de desemprego recorde de apenas 6,6%, de acordo com o IBGE) reflete em vários aspectos, como aumento da massa de salários e da média de renda da população e, agora, também é possível ver como ele tem impacto sobre países da região.

Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, somente em 2024, cerca de 71 mil postos celetistas foram abertos e preenchidos por pessoas de fora do País. É o maior volume para um único ano desde que o Caged mudou sua metodologia, em 2020.

Isso significa um avanço de 50% em relação a 2023, quando pouco mais de 47,3 mil vagas foram atendidas por estrangeiros. Como não poderia deixar de ser, o grosso delas são conformadas por latino-americanos, sobretudo venezuelanos e haitianos.

Em 2023, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 44% da mão de obra do exterior no mercado formal de trabalho do Brasil era de cidadãos da Venezuela no fim daquele ano — muito à frente, inclusive, do segundo país da lista, o Haiti, com 44,7 mil postos. Essa tendência se manteve ao longo de 2024, muito por causa dos setores econômicos que mais contratam esses trabalhadores. A lista continua com paraguaios, argentinos, cubanos, bolivianos e peruanos. 

Na leitura da Entidade, o fato de dois terços (60%) dessa mão de obra ser preenchida por pessoas de países em crise, Venezuela e Haiti, mostra como o Brasil pode elaborar políticas públicas voltadas para a absorção delas. Conta muito, por exemplo, a boa escolaridade desses migrantes, além do fato de serem jovens e de virem ao nosso País em busca de melhores condições de vida.

Não só isso, mas empregá-las também gera um efeito social relevante, porque proporciona renda, acesso ao sistema de crédito e proteção institucional, já que o regime celetista garante uma série de benefícios ao trabalhador. Se a tendência é que esse fenômeno continue crescendo, por fatores que vão da política internacional ao desempenho econômica brasileiro, ele pode ser utilizado para melhorar a produção do País e expandir os setores que mais demandam por mão de obra.

Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.

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